ANDANÇAS 2006 andanças pela diversidade Influenciados pela reflexão, ou talvez não, motivada pela edição do livro das 10 andanças, há várias dúvidas que desde logo surgem quando se analisam 10 anos de uma actividade que sai muito do âmago das pessoas: o que temos é um festival de danças? E são bailes ou concertos? E o que são danças populares ou tradicionais? E é a mesma coisa? jazz improvisação, funk e street dance são tradicionais? E capoeira é dança? Onde encaixamos o reggae? E é só música ao vivo ou também gravada? E quando se juntam? e é um festival de fora para dentro ou de dentro para fora? E temos os portugueses e os estrangeiros ou o inverso? E os estrangeiros que moram em Portugal e o contrário? E assistimos ou participamos? e a quê? com quem? Folclore ou danças do mundo? Étnica? E é para novos ou para velhos e aos pulos ou “assim não”? Música tradicional pode ter guitarra eléctrica e bateria? A música tradicional tem de ser antiga ou pode ser criada no próprio festival? 10ª edição e a comemoração dos dez anos são a mesma coisa? (...).
Porque a sanfona aqui ou no Brasil não é a mesma coisa, porque o Andanças é feito por cada um, e existem milhares de Andanças, decidimos que a dançar é que a gente se entende e talvez daqui a outros 10 anos tenhamos algumas respostas, ou talvez não.
Minha aldeia é todo o mundo. Todo o mundo me pertence. Aqui me encontro e confundo com gente de todo o mundo que a todo o mundo pertence. António Gedeão